O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB-MA), um dia depois de faltar a uma segunda convocação na Comissão de Segurança da Câmara Federal, resolveu comparecer a uma audiência na Comissão de Fiscalização e Controle, nesta quarta-feira (25).

A ida de Dino à Comissão de Fiscalização e Controle, além de derrubar a afirmação que só iria atender uma convocação quando fosse no Plenário, pela quantidade de chamados, o ministro ainda aumentou a revolta dos deputados da Comissão de Segurança.

A decisão de Flávio Dino deixou claro que o problema é com a Comissão de Segurança, única comissão em todo o Congresso Nacional que é composta por maioria de parlamentares da Oposição.

Dino foi convocado à Comissão de Segurança para explicar alguns assuntos, entre eles: sobre associações feitas pelo ministro entre CAC’s e facções criminosas, invasões do Movimento Sem Terra, suspeita de interferência nos trabalhos da Polícia Federal e sumiço das imagens da sede do Ministério da Justiça no dia 08 de janeiro.

O deputado Aluisio Mendes (Republicanos-MA) lamentou a postura de Flávio Dino e pediu celeridade para que a Comissão de Segurança se reúna com o presidente da Câmara Federa, Arthur Lira (PP-AL).

“É inaceitável tamanho desrespeito à democracia, à Câmara dos Deputados e a todos os parlamentares da Comissão. É impossível que um ministro que tem afrontado o Congresso Nacional, ainda seja blindado com o prêmio de ministro do STF. Que país é esse? Devemos marcar urgentemente essa reunião com o presidente Arthur Lira para já e com a presença de toda a Comissão de Segurança, afinal o que está em jogo são as prerrogativas dos parlamentares. Além disso, o regimento desta casa proíbe qualquer parlamentar de estar armado no Congresso Nacional”, afirmou Aluisio Mendes.

É aguardar e conferir, mas o clima segue cada vez mais tenso.