Investigada pela Polícia Federal por superfaturamento em compras realizadas pela Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina (PI) durante a pandemia da Covid-19, a Distrimed Comércio vem operando no interior do Maranhão movimentando cifras milionárias.

Na gestão de Luis Amovelar, em Coroatá, a empresa piauiense já faturou alto.

Levantamento feito pelo Blog do Neto Ferreira mostra que entre 2022 e 2023, a Distrimed, que pertence aos sócios Mário Dias Neto e Luiz Carvalhos dos Santos, recebeu dos cofres públicos R$ 2.702.814,16 milhões.

Desse montante, R$ 2.270.589,05 milhões foram pagos pela Prefeitura coroatense no ano passado. Já a quantia restante, cerca de R$ 432.225,11 mil, foi liberada entre os meses de janeiro a junho de 2023.

Em consulta ao Portal da Transparência, a reportagem identificou que há mais recursos empenhados para serem liberados para a Distrimed ainda esse mês de outubro.

O levantamento também constatou que em 30 de agosto, foi firmado um novo contrato com a Secretaria Municipal de Saúde de Coroatá no valor de R$ 1.788.932,50 milhão prevendo aquisição de Medicamento, material médico hospitalar e odontológico.

Em setembro de 2020, a Polícia Federal deflagrou a Operação Caligo com o objetivo de cumprir 10 mandados de busca e apreensão na sede da Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina, e nas empresas Distrimed e Farmaq, suspeitas de fraudar contratos emergenciais junto à FMS durante o enfrentamento a pandemia do novo coronavírus. As empresas são fornecedoras de Equipamento de Proteção Individual (EPIs), kit de testes da Covid-19, insumos e equipamentos hospitalares.

As investigações apontaram que desde março os contratos foram firmados mediante dispensa de licitação custeados com recursos do FNS e Ministério da Saúde, que totalizam, em valores empenhados até julho/2020, R$ 17.427.171,53 milhões.

A Distrimed é suspeita de superfaturar R$ 818 mil.