Em entrevista coletiva, o titular da 2ª Promotoria de Justiça Especializada de Açailândia, Denys Rêgo, afirmou que o pastor Cavalcante movimentou R$ 4 milhões em dois anos na Assembleia Legislativa do Maranhão.
Rêgo é o responsável pela investigação que resultou na Operação Damnare Avaritia, deflagrada nesta quarta-feira (3), pelo Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas do Ministério Público do Maranhão (Gaeco) nos municípios de Imperatriz, Açailândia e Governador Edison Lobão (reveja aqui).
O pastor Cavalcante exerceu o mandato de deputado estadual entre 2019 a 2022 e nesse período recebia parte do salário dos assessores do seu gabinete na Alema.
Conhecida como “rachadinha”, a prática era executada por familiares e funcionários de sua confiança. Estas pessoas recebiam grandes quantidades de dinheiro em espécie para realizar depósitos com ou sem identificação.
As investigações também levantaram que vários assessores do gabinete do ex-deputado sacavam os valores de suas remunerações em espécie em caixas eletrônicos ou na própria agência bancária de forma sistemática, durante o período dos seus vínculos com a Assembleia Legislativa.
Além dos imóveis do ex-deputado estadual, foram alvos da operação a casa do filho do Pastor, Jefte Cavalcante, assim como do tesoureiro das igrejas vinculadas ao líder religioso, José Félix Costa Júnior.
Durante a ação, foram apreendidos carros de luxo, documentos, bens, computadores, celulares e arma de fogo. Devido à posse irregular da arma, o pastor foi conduzido à delegacia de Imperatriz (saiba mais aqui).