Na decisão que deflagrou a Operação 3FA — investigação sobre suposta invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça —, nesta quarta-feira, 2, o ministro Alexandre de Moraes ordenou a busca e apreensão de ‘armas, munições, computadores, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos, passaporte, bem como de quaisquer outros materiais relacionados aos fatos aqui descritos’ em quatro endereços ligados à deputada federal Carla Zambelli.

A determinação de busca e apreensão em endereços da parlamentar e de mais três pessoas supostamente envolvidas soma-se à prisão preventiva do hacker Walter Delgatti que ocorreu nesta quarta-feira, também no bojo da operação. Foi, inclusive, um depoimento de Delgatti dado à PF em 27 de junho que pôs em movimento a operação desta quarta.

Os cinco citados na decisão de Moraes são alvos de investigação por suposta invasão dos sistemas do CNJ, além da inserção de ordem de prisão fraudulenta contra o ministro e de alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).

Em sua decisão, Moraes determina que, além dos itens citados, os agentes devem apreender ‘dinheiro e bens (joias, veículos, obras de arte e outros objetos) em valores superiores a R$ 10 mil’, a não ser que os acusados possam comprovar a origem lícita dos itens e valores.

Alexandre manda PF apreender passaporte, celular, armas e vasculhar ‘cômodos secretos’ de Zambelli
Ministro determinou também busca em veículos, análise do conteúdo de dispositivos e apreensão de bens em valores superiores a R$ 10 mil, além de afastar sigilo bancário dos investigados

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Blog do Fausto Macedo
Por Rubens Anater
02/08/2023 | 20h26
Atualização: 02/08/2023 | 20h43
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Na decisão que deflagrou a Operação 3FA — investigação sobre suposta invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça —, nesta quarta-feira, 2, o ministro Alexandre de Moraes ordenou a busca e apreensão de ‘armas, munições, computadores, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos, passaporte, bem como de quaisquer outros materiais relacionados aos fatos aqui descritos’ em quatro endereços ligados à deputada federal Carla Zambelli.

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A determinação de busca e apreensão em endereços da parlamentar e de mais três pessoas supostamente envolvidas soma-se à prisão preventiva do hacker Walter Delgatti que ocorreu nesta quarta-feira, também no bojo da operação. Foi, inclusive, um depoimento de Delgatti dado à PF em 27 de junho que pôs em movimento a operação desta quarta.

Os cinco citados na decisão de Moraes são alvos de investigação por suposta invasão dos sistemas do CNJ, além da inserção de ordem de prisão fraudulenta contra o ministro e de alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).

A deputada Carla Zambelli foi alvo de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira, 2.
A deputada Carla Zambelli foi alvo de busca e apreensão na manhã desta quarta-feira, 2. Foto: Wilton Junior/Estadão
Em sua decisão, Moraes determina que, além dos itens citados, os agentes devem apreender ‘dinheiro e bens (joias, veículos, obras de arte e outros objetos) em valores superiores a R$ 10 mil’, a não ser que os acusados possam comprovar a origem lícita dos itens e valores.

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Alexandre de Moraes determinou busca e apreensão em endereços da deputada Carla Zambelli e mais três pessoas supostamente envolvidas
Alexandre de Moraes determinou busca e apreensão em endereços da deputada Carla Zambelli e mais três pessoas supostamente envolvidas Foto: Reprodução/Decisão de Alexandre de Moraes
O ministro ordena também que a PF verifique ‘a existência de eventuais cômodos secretos ou salas reservadas’ nos endereços e que estenda as buscas para veículos presentes nos endereços. Eles devem, ainda, acessar e analisar conteúdos armazenados em dispositivos eletrônicos de qualquer natureza, assim como em serviços digitais de armazenamento em nuvem.

Caso os acusados não estejam no local da realização da busca, Moraes determina que haja busca pessoal, com ‘apreensão de armas, munições, objetos e dispositivos eletrônicos de que tenham a posse, bem como a busca em quartos de hotéis, motéis e outras hospedagens temporárias onde o investigado tenha se instalado’. O mesmo vale para veículos, ‘caso o investigado esteja em deslocamento’.

Se houver quaisquer outras pessoas presentes durante o cumprimento da ordem, os agentes também podem realizar busca pessoal em desfavor delas, caso ‘recaia suspeita de que estejam na posse de armas proibidas, objetos ou papéis que interessem à investigação’.

Por fim, o ministro declarou afastamento do sigilo bancário dos acusados.