Durante entrevista à Rádio Mirante AM, no Programa Ponto Final, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da CPMI do 08 de janeiro, destacou o papel da comissão e o sua função da relatoria.
Eliziane afirmou que existiu sim a tentativa de um golpe de estado no início do ano, quando da invasão e depredação das sedes do Três Poderes.
“Os fatos que estão diante de nós nos levam a crer claramente numa tentativa de golpe. Todos os golpes da história brasileira são precedidos, e eles são evidenciados com ataques à sedes dos poderes. Então, nós vamos, de fato, lutar por isso. Quem dá golpe é quem tá fora do poder, e não quem está no poder”, afirmou.
Para a relatora, por conta disso, é necessário que as investigações comecem pelos fatos anteriores ao dia da invasão.
“Nós temos a compreensão de que o presidente Lula estava no poder há oito dias. Então, se ele estava no governo há oito dias, a gente precisa fazer uma avaliação um pouco mais anterior. Eu não posso pegar o dia 8 de janeiro e investigar o 8 de janeiro em si. Sobre isso, nós vamos regredir um pouco mais no processo da investigação. E preciso entender quais os passos anteriores que foram dados”, completou.
Eliziane destacou que tudo será investigado, inclusive uma eventual omissão das Forças Armadas.
“Vamos investigar sim, omissão. Vamos saber quem deveria fazer a atividade e que não fez. Precisamos entender quem tinha a prerrogativa de fazer a segurança do Congresso Nacional e do Plano Piloto e não o fez. Hoje, por exemplo, temos uma CPI de Brasília que já está com meio caminho andado. Nós vamos pegar o compartilhamento dessas informações. Brasília tem um fundo constitucional de R$ 10 bi que é o dinheiro para se fazer a segurança de toda a Praça dos Três Poderes. Vamos investigar sim, vamos investigar omissão”, disse a senadora.
A relatora repetiu que também não pode descartar a convocação do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Eliziane também lamentou que alguns colegas questionem o seu relacionamento político com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB).
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